PCB esclarece episódio da prisão de comunistas

                                                                         

                              "Nota de Esclarecimento
                                         
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público comunicar que no dia 31 de agosto de 2017, durante Audiência Pública da Comissão da Verdade dos Trabalhadores e Movimento Sindical, que ocorria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, um grupo de defensores da ditadura militar posicionou-se na portaria da Assembleia, afixando faixas e cartazes em árvores, postes, placas de trânsito e outros equipamentos públicos, o que é proibido pelas leis ambientais e código de posturas do município. 

A Polícia Militar, que encontrava-se no local, ao invés de coibir a prática proibida pelo código de posturas, ao longo de todo o dia fez vista grossa àquelas irregularidades, acobertando os provocadores. 

Enquanto saíam do evento, militantes de partidos de esquerda e movimentos sociais, alguns ex-perseguidos políticos e parentes de mortos e desaparecidos políticos, eram insultados e ofendidos pelos fascistas. 

Após serem xingados, três militantes do PCB não se intimidaram e retiraram algumas faixas e cartazes dos fascistas.

É importante esclarecer a todos e todas que não houve nenhuma agressão física por parte dos militantes do PCB aos fascistas defensores da ditadura. Esse grupo acionou a PM que conduziu os camaradas Pablo Lima, Jetro Taveiro, Ítalo Augusto, bem como três fascistas, para a delegacia. 

Porém, enquanto aguardavam despacho da Polícia Civil, apenas os militantes comunistas ficaram presos atrás das grades por 4 horas, em uma cela de 2 m quadrados, com mais 5 presos. Todos foram liberados às 23 horas do mesmo dia e uma audiência com a Justiça foi marcada para 27 de setembro.

Durante a Audiência da Comissão da Verdade, o camarada José Francisco Neres, representou os presos políticos de Minas Gerais, e, destacou a luta dos comunistas contra as atrocidades cometidas pelo Estado Brasileiro durante o período da ditadura militar. 

O camarada Túlio Lopes, Secretário Político do PCB em Minas Gerais, fez a intervenção em nome da Unidade Classista e do PCB denunciando e repudiando a detenção dos camaradas do Partido na porta da Assembleia Legislativa e reforçando a necessidade de justiça e punição para os torturadores e agentes da repressão. 

O Partido participa da Comissão da Verdade dos Trabalhadores e do movimento sindical que continuará com seus trabalhos após a referida audiência.

O PCB agradece a disposição e o empenhos dos advogados Roberto Auad e Willian Santos e as diversas manifestações de apoio e solidariedade ao Partido e aos camaradas detidos.

Fascistas não passarão!"

Comentários