Memorial da Anista, na rua Carangola,corre risco

                                                                    
                                                                              

  José Carlos Alexandre 
   
No governo federal anterior houve muita expectativa em torno da criação, nas instalações da antiga Faculdade de Filosofia, na rua Carangola, do Memorial da Anistia.

 Seria através de um entrosamento entre o Ministério da Justiça e a UFMG.

  O governo acabou, abruptamente e, ao que tudo indica, a ideia da criação do Memorial.

 Parte da construção, na rua Carangola, corre o risco de ser destinada a outras funções, se não se deteriorar de vez.

  A Associação dos Amigos do Memorial da Anistia parece não der dado certo. 

  Com o atual governo e, com o acirramento da crise financeira do país, não se mexe mais nas obras da Carangola.

  Os governos estadual e municipal também não movem palha para concretizar a criação do Memorial de Direitos Humanos, previsto para funcionar no prédio do antigo DOPS, na avenida Afonso Pena.

E isto desde a assinatura de lei do ano 2000, por parte do então governador Itamar Franco.

Iniciativas posteriores igualmente deram em nada, inclusive em âmbito municipal, no que tange  ao aproveitamento do antigo centro de repressão.

Na última reunião da Comissão de Anistia dos Trabalhadores e do Movimento sindical, realizado no Teatro da ALMG, o tema foi levantado, sem que houvesse entusiasmo por parte dos participantes.dar 

Prevê-se uma reunião na Faculdade de Direito da UFMG para se tentar  um empurrão nas obras da 

rua Carangola.

O movimento sindical anda muito em baixa e as demais organizações sociais e partidos de esquerda também não conseguem capilaridade capaz de grandes mobilizações.

Urge, contudo, mudar este quadro, em nome das mais de três mil pessoas perseguidas em Minas na época da ditadura cívico-militar.


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