“Ainda é cedo para julgar se escândalo político prejudicará economia brasileira”, dizem especialistas

                                 

A instabilidade política no Brasil tem gerado preocupações sobre a economia do país, que começa a revelar sinais positivos, contudo, economistas acreditam que ainda é cedo para perder a confiança na recuperação.
No domingo, ocorreram manifestações em todo o Brasil, com novos apelos à demissão do presidente Michel Temer.

Temer enfrenta acusações de corrupção depois de ter sido revelada uma gravação na qual concorda em comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados. O presidente negou a acusação, mas o Tribunal Supremo Federal (TSF) do país iniciou a investigação.

Caso Temer deixe o cargo que atualmente ocupa, o congresso terá de organizar uma eleição indireta para garantir que o país tem um presidente até às eleições de 2018.

O ex-presidente brasileiro Lula, que planeja participar nas próximas eleições diretas e o seu Partido dos Trabalhadores, o mesmo partido ao qual a presidenta Dilma pertence, pediram que fosse realizada uma eleição direta imediata. 

“Por um lado, esses escândalos causam muitas incertezas a curto prazo, mas também têm influência positiva. As instituições do Brasil mostraram uma forte determinação em lidar com a corrupção e qualquer situação que enfrentam. 

Isto demonstra o poder de manutenção da estabilidade, que é importante para o crescimento rápido e robusto da economia brasileira a longo prazo,” disse Vladimir Teles, vice-diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP).

Yin Yue, da China Global Television Network (CGTN), disse que, segundo a última previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia brasileira iria começar o processo de recuperação em 2017. É esperado que o crescimento do Brasil atinja os 0,2% neste ano, com um crescimento ainda maior previsto para 2018.

O FMI acredita que o governo de Temer fez os esforços necessários para garantir o desenvolvimento econômico, mas ainda é muito cedo para julgar se o escândalo prejudicará a economia brasileira. 

(Com o Diário do Povo)

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