Adeus Vaduca


                                                               
                     


José Carlos Alexandre


Estamos de Luto. Morreu Osvaldo Liberato.

Foi jogador de futebol vitorioso. 

Integrou a equipe do Villa Nova e fez o gol mais marcante de minha vida: o da conquista do Campeonato mineiro de 1951, no Estádio Independência, contra o Clube Atlético Mineiro.

Nova Lima, sua terra natal, parou para recebê-lo.Todo mundo foi para as ruas.

Vaduca, seu nome esportivo, fui criado, assim como os demais irmãos, todos jogadores, no campo do 

Villa Nova, desde pequeno lidando com a bola e com outros craques do time.

Dos irmãos, três chegaram a jogar juntos; Osório, Juca e Doca.

Todos integraram o time principal do Villa.

Juca foi para o Atlético e jogou algumas vezes enfrentando um atacante que lhe dava muito trabalho: o irmão Vaduca.

Não demorou muito para o próprio Vaduca  fazer história também no Galo e, portanto, no futebol brasileiro.

Foi mais tarde para Itabira onde chegou a jogar pelo Valeriodoce, foi treinador e administrador de futebol. 

Também trabalhou por mais de 20 anos no América. Ele passou pelas divisões de base e pela gerência administrativa do CT Lanna Drumond e só deixou o clube em março do ano passado.

Segundo familiares, o ex-atleta estava internado há 18 dias no Hospital Vila da Serra por insuficiência renal e morreu em decorrência de uma infecção.
                                                                                                               
Quando era pequeno, estive várias vezes no Estádio do Villa, onde sua mãe,viúva, dona Maria Joana, criava seus filhos e alimentava treinadores , massagistas e jogadores do "Leão do Bonfim", como o time campeão era chamado.

Seu pai havia sido zelador do campo.
                                                          
                              
Vaduca e os irmãos Osório (depois funcionário da Previdência Social), Juca e Doca tinham o privilégio de deparar com o campo de futebol já quando abriam as janelas de sua casa.

Depois era correr para o gramado.

Todos crescer ouvindo histórias do time centenário  que revelou talentos para o futebol nacional.

Encontrei-me com ele algumas vezes em Itabira, como o fizera inúmeras vezes na infância e, ultimamente, no mesmo médico.

Durante toda a vida a  família de Vadua  viu-se envolvida com o futebol. E futebol campeão, já que ele integrou a equipe do Galo vitoriosa em 44 jogos e foi campeão mineiro em 1956 e 1958, além do histórico campeonato de 1951 onde , mesmo machucando-se, fez o gol que levou Nova Lima à loucura.

Vaduca, grande primo, fico-lhe devendo homenagens e mais homenagens. Ainda que tardias.




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