Colombianos tomam as ruas em defesa de uma paz plena




Milhares de manifestantes de várias regiões da Colômbia
exigem um país sem polarização e uma paz estável

Os colombianos que votaram pelo SIM no plebiscito para referendar os acordos de paz se mobilizaram nesta terça-feira para defender o processo que visa acabar com um conflito de mais de 50 anos.

Com marchas e concentrações em várias regiões do país sul-americano, os colombianos defenderam os acordos de paz entre o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP).

Nas cidades de Bogotá (Cundinamarca), Barranquilla (Atlántico), Cali (Valle del Cauca), Cartagena (Bolívar), Quibdó (Chocó), Bucaramanga (Santander), Santa Marta (Magdalena), Manizales (Caldas) e Medellín (Antioquia), foram realizados atos e caminhadas que promoveram a paz para um conflito que deixou 220 mil mortos e milhões de deslocados.

Em um encontro entre o presidente Manuel Santos e o senador de direita Álvaro Uribe na Casa de Nariño, em Bogotá, um grupo de manifestantes também mostrou seu apoio à opção do SIM.

Um dos participantes da manifestação declarou, em uma entrevista realizada pelo correspondente da TeleSUR na Colômbia, Milton Henao, que a reunião entre ambos políticos deve buscar “as vias para alcançar uma paz plena, deixando de lado os interesses das grandes elites”.

“Queremos um país unido, estamos cansados da guerra. A vida de nós colombianos deve ter paz e para isto é necessário a restauração social de diversos grupos que foram afetados pelo conflito”, indicou o manifestante.

Líderes estudantis de ao menos 15 instituições de educação superior de Bogotá, públicas e privadas, em uma iniciativa denominada “Marcha universitária pela paz” pedem que seja realizado um acordo “sem importar a ideologia política dos participantes”.

“Queremos demonstrar que a paz não é questão de partido nem de um personagem. A paz é da Colômbia. Nossa intenção não é polarizar mais, é fazer um chamado de atenção aos políticos, àqueles que ocupam os altos grupos que têm uma dívida histórica com a Colômbia”, assegurou Paula Salinas, estudante da Universidad de los Andes, organizadora do evento.

Salinas disse que “no domingo se votou Não, porém agora olhamos adiante. Queremos que os do Não e do Sim dialoguem e negociem a paz de imediato; que isto não se estenda por questões políticas”.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)

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